Inicialmente gostaria de sugerir a leitura do livro "Obediência" do frei Raniero Catalamessa para todos os católicos e não católicos. É preciso entender a dimensão da livre "obediência filial" (por amor) que precede em importância a "obediência servil" ou "por recompensa" (mercenário).
Num segundo momento quero convida-los a meditar sobre estas perguntas:
Maria Santíssima tem culpa dos erros e pecados dos seus filhos consagrados para que tenhamos repúdio a uma consagração a Nossa Senhora?
Jesus Eucarístico tem culpa dos erros e pecados dos seus adoradores para que repudiemos todos os que comungam de joelho ou de pé?
Podemos ser nós juízes dos nossos irmãos? Somos nós conhecedores de toda história de vida de cada um? Somos conhecedores de todas as causas que levam as ações dos irmãos? Não sejamos reducionistas!
“Tal como se comprueba, el reduccionismo reduce al hombre no solo em toda una dimensión sino que le resta, ni mas ni menos, la dimensión de lo específicamente humano. Se puede definir el reduccionismo como un procedimiento pseudocientifico por el cual fenómenos especificamente humanos, como consciencia y amor, se reducen al nivel de fenómenos subhumanos. Em uma palavra, el reducionismo puede definirse como um subhumanismo.” (Frankl,1991, 135)
Deus quer que sejamos um! Não façamos da madeira de comungar Jesus uma disputa ideológica!
«As ideologias terminam mal, não servem. Não assumem o povo, por isso pensem no século passado, em que as ideologias terminaram em ditaduras, sempre.» (Papa Francisco, Viagem apostólica ao Paraguai, 11.07.2015)
Ainda no inicio deste "artigo" quero deixar claro alguns pontos importantes:
1) NÃO HÁ DESOBEDIÊNCIA EM COMUNGAR DE PÉ.
“Há, para o Brasil, a concessão para se comungar de pé e na mão. NÃO é o caso de se ver como desobediente alguém por comungar de pé e na mão, onde há autorização para isso.” (Pe. Paulo Ricardo)
2) EXISTE UMA FORMA ORDINÁRIA DE COMUNGAR JESUS EUCARÍSTICO.
3) É PRECISO ENTENDER O VALOR DA COMUNHÃO E O VALOR DOS GESTOS.
“Logo comungar na boca e de joelhos vai além do que as normas litúrgicas obrigam; mas sim, procurando entender o valor desses gestos que a tradição católicos tanto valoriza. (...) Se eu estou ajoelhado, estou recordando a mim mesmo e a quem me vê que NÃO estou diante de algo qualquer, mas DIANTE DE DEUS. E isso me incentiva a Adorá-lo!” (Francisco Dockhor, 2010- quando ainda não era sacerdote)
4) CABE AO FIEL COM PRUDÊNCIA E OBEDIÊNCIA ESCOLHER A FORMA DE COMUNGAR (Não podemos achar que tanto faz a maneira de comungar!)
“Essa atitude é o fiel quem vai analisar, ter a prudência de ver qual é a situação da sua paróquia, do seu padre e do seu bispo, pois pode ser que eles ainda não saibam disso. Eu mesmo levei tempo para descobrir que comunhão na boca é o normal. Levei tempo para achar normal um fiel comungar de joelhos. Então, meus irmãos, com muito amor a Cristo e à Sua Igreja, vamos olhar para o exemplo do Papa e fazer um exame de consciência para saber como está o nosso respeito por Cristo presente na Eucaristia.” (Pe. Paulo Ricardo)
Eu prefiro comungar na boca e de joelhos, e assim o farei até quando Deus permitir. Comungarei Jesus de joelhos e na boca até quando a Igreja, através da pessoa do Papa e do meu Bispo, permitirem! Comungarei Jesus de joelhos e na boca até quando o meu pároco permitir! Comungarei Jesus de joelhos e na boca até quando meus joelhos permitirem! Gostaria que fosse durante a minha vida inteira para eu não esquecer que diante de mim está o Senhor que merece toda honra, toda glória e adoração. Gostaria que fosse durante toda a minha vida para diminuir o máximo possível a possibilidade de perder qualquer que for o "pedacinho" do Amado Jesus.
Vamos agora conhecer as orientações da nossa "Mãe Igreja" sobre este tema:
Como já mencionei anteriormente não podemos ter a ideia do "tanto faz", pois de este tema é de profunda estima pela Igreja.
“... é para a Igreja um assunto de grande preocupação que a Eucaristia seja celebrada e distribuída com a máxima dignidade e bom proveito.” (Memoriale Domini- 1969)
“ Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que é recomendável que os católicos comunguem na boca e de joelhos.”
“Assim indicou o Cardeal espanhol que serve na Santa Sé como máximo responsável, depois do Papa, pela liturgia e os sacramentos na Igreja Católica, ao responder se considerava recomendável que os fiéis comunguem ou não na mão. A resposta do Cardeal foi breve e singela: "é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos".
O Cardeal disse também que comungar desta forma "é o sinal de adoração que necessitamos recuperar. Eu acredito que seja necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos". - REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jul. 11 / 01:27 pm (ACI/EWTN Noticias)
ALGUMAS MOTIVAÇÕES PARA COMUNGAR NA BOCA E DE JOELHOS:
PRIMEIRA MOTIVAÇÃO- (DOCUMENTOS)
Memoriale Domini- 1969 (Instrução Sobre a Maneira de Distribuição da Santa Comunhão Sagrada Congregação para o Culto Divino, publicada em 29 de Maio de 1969).
https://www.veritatis.com.br/memoriale-domini/
“Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada.”
Veja abaixo alguns outros trechos deste documento:
“...nos anos recentes, uma maior participação na Celebração Eucarística através da comunhão sacramental fez surgir, aqui e ali, o desejo de retornar ao antigo uso de depositar o pão eucarístico nas mãos do comungante, ele próprio então comungando, colocando-o na boca.”
“De fato, em certas comunidades e em certos lugares esta prática foi introduzida sem que uma anterior aprovação fosse solicitada à Santa Sé, e, às vezes, sem qualquer tentativa de preparar adequadamente os fiéis.”
“É também verdade que em tempos muito antigos eles podiam levar o Santo Sacramento consigo, desde lugar em que o Santo Sacrifício era celebrado. E assim foi, principalmente para que pudessem dar a si próprios o Viático, caso tivessem que enfrentar a morte por causa de sua fé. Entretanto, as prescrições da Igreja e a evidência dos Padres tornam abundantemente claro que se mostrava a máxima reverência para com o Santo Sacramento, e que as pessoas agiam com máxima prudência. Portanto, "que ninguém... coma do Corpo sem primeiro adorá-lo" [2] Quando alguém toma (o Santo Sacramento) ele é advertido: "... recebe-o: sejas cuidadoso para que não percas nada dele." [3] "Pois é o Corpo de Cristo". [4]
“...Foi, portanto, estabelecido o costume do ministro colocar uma partícula de pão consagrado sobre a língua do comungante.
Qual o gesto que fazemos para adorar Jesus? Qual a maneira de comungar aumenta a possibilidade de não perder "nada dele", na mão ou na boca?
E ainda:
"Esse método de distribuição da Santa Comunhão deve ser conservado, levando-se em consideração a situação atual da Igreja em todo o mundo, não apenas porque possui por trás de si muitos séculos de tradição, mas especialmente porque expressa a reverência do fiel pela Eucaristia."
“...Além do mais, a prática que deve ser considerada a tradicional assegura, mais efetivamente, que a Santa Comunhão seja distribuída com o devido respeito, decoro e dignidade. Remove o perigo de profanação das sagradas espécies, nas quais "de modo único, Cristo, Deus e homem, está presente, inteiro e íntegro, substancialmente e continuamente". [9] Finalmente, ela assegura aquele diligente cuidado com os fragmentos do pão consagrado que a Igreja sempre recomendou: "O que permitistes cair, pensa nele como se tivesses perdido um de teus membros". [10]
“Quando, portanto, um pequeno número de Conferências Episcopais e alguns bispos particulares solicitaram que a prática de colocar as hóstias consagradas nas mãos das pessoas fosse permitida em seus territórios, o Santo Padre decidiu que se deveria perguntar a todos os Bispos da Igreja Latina se era oportuno introduzir esse ritual. Uma mudança em matéria de tal importância, baseada em uma antiga e venerável tradição, não afeta somente a disciplina. Carrega certos perigos consigo, que podem surgir de uma nova maneira de administrar a Santa Comunhão: o perigo da perda de reverência pelo augusto sacramento do altar, de profanação, de adulteração da verdadeira doutrina.”
“Três questões foram perguntadas aos Bispos, e as respostas recebidas até 12 de março de 1969 foram como se segue:
1. Você acha que se deve dar atenção ao desejo de que, além da maneira tradicional, deve ser admitido o ritual de recebimento da Santa Comunhão nas mãos?
Sim: 597
Não: 1.233
Sim, mas com reservas: 315
Votos inválidos: 20
2. É de seu desejo que esse novo ritual seja primeiramente experimentado em pequenas comunidades, com o consentimento dos bispos?
Sim: 751
Não: 1.215
Votos inválidos: 70
3. Você acha que os fiéis receberão bem esse novo ritual, após uma adequada preparação catequética?
Sim: 835
Não: 1.185
Votos inválidos: 128
A partir dessas respostas, fica claro que a vasta maioria dos Bispos crê que a disciplina atual não deve ser modificada, e caso viesse, que a mudança seria ofensiva aos sentimentos e à cultura espiritual desses Bispos e de muitos dos fiéis.
Portanto, levando em consideração as observações e o conselho daqueles que "o Espírito Santo designou para governar" as Igrejas, [11] tendo em vista a gravidade da matéria e a força dos argumentos postos em evidência, o Santo Padre decidiu não modificar a maneira existente de administrar a Santa Comunhão aos fiéis.
A Sé Apostólica, portanto, enfaticamente urge aos Bispos, sacerdotes e aos leigos que obedeçam cuidadosamente a lei que ainda é válida e que foi novamente confirmada. Ela insta-os a considerar o julgamento dado pela maioria dos Bispos Católicos, acerca do ritual atualmente em uso na liturgia, e do bem comum da Igreja.
Na Notificação da Sagrada Congregação para o Culto Divino, de Abril de 1985, diz que
"os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão."
SEGUNDA MOTIVAÇÃO- (EXEMPLO DO PAPA BENTO XVI)
O Papa Bento XVI a partir de 2008 restaurou o uso do genuflexório para a Comunhão e em suas Missas em Roma, com os fiéis passando a receber dele o Corpo de Deus de joelhos e na boca.
As palavras convencem, mas o testemunho arrasta!
O testemunho do papa Bento XVI arrastou multidões ao retorno desta prática que nunca foi abandonada pelo magistério da Igreja.
TERCEIRA MOTIVAÇÃO- (É A FORMA ORDINÁRIA)
Percebamos que a comunhão na mão é a exceção:
“Se a Comunhão for distribuída unicamente sob a espécie do pão, o sacerdote levanta um pouco a hóstia e, mostrando-a a cada um dos comungantes, diz: O Corpo de Cristo ou Corpus Christi. O comungante responde: Amen, e recebe o Sacramento na boca, ou, onde for permitido, na mão, conforme preferir. O comungante recebe a hóstia e comunga-a imediatamente e na íntegra.” (Introdução Geral do Missal Romano, 161)
QUARTA MOTIVAÇÃO- (A COMUNHÃO NA MÃO FOI PERMITIDA, POIS JÁ ESTAVAM COMUNGANDO POR DESOBEDIÊNCIA)
Padre Paulo Ricardo explica:
“No Missal de Paulo VI , quando ele foi aprovado em 1969 e 1970 – são as primeiras aprovações do Missal que nós celebramos – não existe nenhuma referência à comunhão na mão. A coisa surgiu depois. E investigando, eu descobri que nos países do Norte da Europa – Holanda, Alemanha... – o pessoal começou a comungar na mão por iniciativa própria, por desobediência. O Papa ficou sabendo, e o Vaticano disse: parem com isso! Mas o pessoal continuou. Então chegou uma hora em que, para não ter uma rebelião em massa, o Vaticano deu uma autorização as Conferências Episcopais – como a CNBB, aqui no Brasil, por exemplo – para que elas, se acharem oportuno, peçam permissão a Santa Sé e a Santa Sé então dá permissão para a Conferência receber a comunhão na mão; mas o normal continua sendo a comunhão na boca. E isso eu descobri lendo um livro de um Arcebispo que foi responsável por toda a Reforma Litúrgica: Dom Annibale Bugnini (La Riforma Liturgica 1948 – 1975, Roma: CVL). Foi ele o chefe da comissão responsável por elaborar o Missal que nós temos hoje. E isso ele disse claramente, é ele que narra; eu não ouvi isso de uma fofoca.”
Ou ainda:
"Agora eu penso que é o momento ideal para se rever e reavaliar tão boas práticas e, se necessário, abandonar a prática corrente que não foi exigida nem pela Sacrosanctum Concilium nem pelos Padres da Igreja, mas foi apenas aceita depois de sua introdução ilegítima em algum países. Agora, mais do que nunca, nós temos a obrigação de ajudar os fiéis em desenvolver novamente uma fé profunda na Presença Real de Cristo nas espécies Eucarísticas a fim de que se fortaleça a vida da Igreja e a defenda em meio ás perigosas distorções da fé que esta situação continua causando." (Mons. Albert Ranjith, na época, nada menos que Secretário da Congregação para o culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no prefácio do livro "Dominus Est", de autoria do Bispo Athanasius Schneider)
QUINTA MOTIVAÇÃO- (ESTAMOS EM UMA ÉPOCA EM QUE A PRESENÇA REAL DE JESUS NA EUCARISTIA ESTA SENDO ESQUECIDA)
Precisamos resgatar a consciência da nossa pequenez diante da Majestade de Cristo.
SEXTA MOTIVAÇÃO- (JESUS EUCARÍSTICO PRECISA SER ADORADO)
“... já Santo Agostinho dissera: « Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; (...) peccemus non adorando – ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (...) pecaríamos se não a adorássemos ».(191) De facto, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: (192) receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, « somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro.” (Bento XVI- Sacramentum Caritatis 66).
DEPOIS DESTAS INFORMAÇÕES O QUE FAÇO?
RETOMANDO:
CUIDADO! NÃO SEJA JUIZ DO TEU IRMÃO!
“Há, para o Brasil, a concessão para se comungar de pé e na mão. NÃO é o caso de se ver como desobediente alguém por comungar de pé e na mão, onde há autorização para isso.” (Pe. Paulo Ricardo)
Contudo precisamos estar atentos algumas normas como citarei a seguir:
Em 10 de Outubro de 1975, a Conferência Episcopal Portuguesa obteve licença para os fiéis de Portugal poderem comungar na mão. O texto respectivo é acompanhado das seguintes normas:
a) A introdução do rito da comunhão na mão deve ser precedida de uma catequese oportuna, capaz de renovar o espírito de fé na Eucaristia, que se há-de manifestar até na maneira de os fiéis aceitarem em suas próprias mãos o Corpo do Senhor.
b) Esta maneira de comungar não deve ser imposta aos fiéis, poi a eles se deve deixar a escolha sobre a forma de receber a Eucaristia. Deste modo, não será de estranhar que, numa mesma celebração, haja quem receba a sagrada partícula na língua e quem a receba na mão. O ministro que distribui a comunhão nunca deve impor os seus gostos e preferências, nem substituir-se à vontade livre dos comungantes.
c) Quanto à comunhão na mão, pastores e fiéis devem preocupar-se em realizar o gesto de maneira digna e significativa. Para tanto, e segundo a antiga tradição, o ministro colocará o Pão consagrado na mão do fiel, o qual comungará antes de regressar ao seu lugar, por não parecer conveniente que o faça enquanto caminha, devendo ter ainda todo o cuidado com os fragmentos que eventualmente se desprendam (Nota pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa: Lumen, 1975, p. 460: EDREL 2823).
COMUNGAR NA BOCA OU NA MÃO?
RETOMANDO:
ANALISE COM PRUDÊNCIA. PERGUNTE DIANTE DE CADA COMUNHÃO: "O QUE MARIA FARIA?"
Comungue com Maria e em Maria.
Recordo aqui este trecho já citado do padre Paulo Ricardo:
“Essa atitude é o fiel quem vai analisar, ter a prudência de ver qual é a situação da sua paróquia, do seu padre e do seu bispo, pois pode ser que eles ainda não saibam disso. Eu mesmo levei tempo para descobrir que comunhão na boca é o normal. Levei tempo para achar normal um fiel comungar de joelhos. Então, meus irmãos, com muito amor a Cristo e à Sua Igreja, vamos olhar para o exemplo do Papa e fazer um exame de consciência para saber como está o nosso respeito por Cristo presente na Eucaristia.” (Pe. Paulo Ricardo)
Vamos ser sinais proféticos nos tempos de hoje?
Fabio Limeira
(Fundador da Comunidade Graça, Misericórdia e Paz)
Num segundo momento quero convida-los a meditar sobre estas perguntas:
Maria Santíssima tem culpa dos erros e pecados dos seus filhos consagrados para que tenhamos repúdio a uma consagração a Nossa Senhora?
Jesus Eucarístico tem culpa dos erros e pecados dos seus adoradores para que repudiemos todos os que comungam de joelho ou de pé?
Podemos ser nós juízes dos nossos irmãos? Somos nós conhecedores de toda história de vida de cada um? Somos conhecedores de todas as causas que levam as ações dos irmãos? Não sejamos reducionistas!
“Tal como se comprueba, el reduccionismo reduce al hombre no solo em toda una dimensión sino que le resta, ni mas ni menos, la dimensión de lo específicamente humano. Se puede definir el reduccionismo como un procedimiento pseudocientifico por el cual fenómenos especificamente humanos, como consciencia y amor, se reducen al nivel de fenómenos subhumanos. Em uma palavra, el reducionismo puede definirse como um subhumanismo.” (Frankl,1991, 135)
Deus quer que sejamos um! Não façamos da madeira de comungar Jesus uma disputa ideológica!
«As ideologias terminam mal, não servem. Não assumem o povo, por isso pensem no século passado, em que as ideologias terminaram em ditaduras, sempre.» (Papa Francisco, Viagem apostólica ao Paraguai, 11.07.2015)
Ainda no inicio deste "artigo" quero deixar claro alguns pontos importantes:
1) NÃO HÁ DESOBEDIÊNCIA EM COMUNGAR DE PÉ.
“Há, para o Brasil, a concessão para se comungar de pé e na mão. NÃO é o caso de se ver como desobediente alguém por comungar de pé e na mão, onde há autorização para isso.” (Pe. Paulo Ricardo)
2) EXISTE UMA FORMA ORDINÁRIA DE COMUNGAR JESUS EUCARÍSTICO.
3) É PRECISO ENTENDER O VALOR DA COMUNHÃO E O VALOR DOS GESTOS.
“Logo comungar na boca e de joelhos vai além do que as normas litúrgicas obrigam; mas sim, procurando entender o valor desses gestos que a tradição católicos tanto valoriza. (...) Se eu estou ajoelhado, estou recordando a mim mesmo e a quem me vê que NÃO estou diante de algo qualquer, mas DIANTE DE DEUS. E isso me incentiva a Adorá-lo!” (Francisco Dockhor, 2010- quando ainda não era sacerdote)
4) CABE AO FIEL COM PRUDÊNCIA E OBEDIÊNCIA ESCOLHER A FORMA DE COMUNGAR (Não podemos achar que tanto faz a maneira de comungar!)
“Essa atitude é o fiel quem vai analisar, ter a prudência de ver qual é a situação da sua paróquia, do seu padre e do seu bispo, pois pode ser que eles ainda não saibam disso. Eu mesmo levei tempo para descobrir que comunhão na boca é o normal. Levei tempo para achar normal um fiel comungar de joelhos. Então, meus irmãos, com muito amor a Cristo e à Sua Igreja, vamos olhar para o exemplo do Papa e fazer um exame de consciência para saber como está o nosso respeito por Cristo presente na Eucaristia.” (Pe. Paulo Ricardo)
Eu prefiro comungar na boca e de joelhos, e assim o farei até quando Deus permitir. Comungarei Jesus de joelhos e na boca até quando a Igreja, através da pessoa do Papa e do meu Bispo, permitirem! Comungarei Jesus de joelhos e na boca até quando o meu pároco permitir! Comungarei Jesus de joelhos e na boca até quando meus joelhos permitirem! Gostaria que fosse durante a minha vida inteira para eu não esquecer que diante de mim está o Senhor que merece toda honra, toda glória e adoração. Gostaria que fosse durante toda a minha vida para diminuir o máximo possível a possibilidade de perder qualquer que for o "pedacinho" do Amado Jesus.
Vamos agora conhecer as orientações da nossa "Mãe Igreja" sobre este tema:
Como já mencionei anteriormente não podemos ter a ideia do "tanto faz", pois de este tema é de profunda estima pela Igreja.
“... é para a Igreja um assunto de grande preocupação que a Eucaristia seja celebrada e distribuída com a máxima dignidade e bom proveito.” (Memoriale Domini- 1969)
“ Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que é recomendável que os católicos comunguem na boca e de joelhos.”
“Assim indicou o Cardeal espanhol que serve na Santa Sé como máximo responsável, depois do Papa, pela liturgia e os sacramentos na Igreja Católica, ao responder se considerava recomendável que os fiéis comunguem ou não na mão. A resposta do Cardeal foi breve e singela: "é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos".
O Cardeal disse também que comungar desta forma "é o sinal de adoração que necessitamos recuperar. Eu acredito que seja necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos". - REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jul. 11 / 01:27 pm (ACI/EWTN Noticias)
ALGUMAS MOTIVAÇÕES PARA COMUNGAR NA BOCA E DE JOELHOS:
PRIMEIRA MOTIVAÇÃO- (DOCUMENTOS)
Memoriale Domini- 1969 (Instrução Sobre a Maneira de Distribuição da Santa Comunhão Sagrada Congregação para o Culto Divino, publicada em 29 de Maio de 1969).
https://www.veritatis.com.br/memoriale-domini/
“Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada.”
Veja abaixo alguns outros trechos deste documento:
“...nos anos recentes, uma maior participação na Celebração Eucarística através da comunhão sacramental fez surgir, aqui e ali, o desejo de retornar ao antigo uso de depositar o pão eucarístico nas mãos do comungante, ele próprio então comungando, colocando-o na boca.”
“De fato, em certas comunidades e em certos lugares esta prática foi introduzida sem que uma anterior aprovação fosse solicitada à Santa Sé, e, às vezes, sem qualquer tentativa de preparar adequadamente os fiéis.”
“É também verdade que em tempos muito antigos eles podiam levar o Santo Sacramento consigo, desde lugar em que o Santo Sacrifício era celebrado. E assim foi, principalmente para que pudessem dar a si próprios o Viático, caso tivessem que enfrentar a morte por causa de sua fé. Entretanto, as prescrições da Igreja e a evidência dos Padres tornam abundantemente claro que se mostrava a máxima reverência para com o Santo Sacramento, e que as pessoas agiam com máxima prudência. Portanto, "que ninguém... coma do Corpo sem primeiro adorá-lo" [2] Quando alguém toma (o Santo Sacramento) ele é advertido: "... recebe-o: sejas cuidadoso para que não percas nada dele." [3] "Pois é o Corpo de Cristo". [4]
“...Foi, portanto, estabelecido o costume do ministro colocar uma partícula de pão consagrado sobre a língua do comungante.
Qual o gesto que fazemos para adorar Jesus? Qual a maneira de comungar aumenta a possibilidade de não perder "nada dele", na mão ou na boca?
E ainda:
"Esse método de distribuição da Santa Comunhão deve ser conservado, levando-se em consideração a situação atual da Igreja em todo o mundo, não apenas porque possui por trás de si muitos séculos de tradição, mas especialmente porque expressa a reverência do fiel pela Eucaristia."
“...Além do mais, a prática que deve ser considerada a tradicional assegura, mais efetivamente, que a Santa Comunhão seja distribuída com o devido respeito, decoro e dignidade. Remove o perigo de profanação das sagradas espécies, nas quais "de modo único, Cristo, Deus e homem, está presente, inteiro e íntegro, substancialmente e continuamente". [9] Finalmente, ela assegura aquele diligente cuidado com os fragmentos do pão consagrado que a Igreja sempre recomendou: "O que permitistes cair, pensa nele como se tivesses perdido um de teus membros". [10]
“Quando, portanto, um pequeno número de Conferências Episcopais e alguns bispos particulares solicitaram que a prática de colocar as hóstias consagradas nas mãos das pessoas fosse permitida em seus territórios, o Santo Padre decidiu que se deveria perguntar a todos os Bispos da Igreja Latina se era oportuno introduzir esse ritual. Uma mudança em matéria de tal importância, baseada em uma antiga e venerável tradição, não afeta somente a disciplina. Carrega certos perigos consigo, que podem surgir de uma nova maneira de administrar a Santa Comunhão: o perigo da perda de reverência pelo augusto sacramento do altar, de profanação, de adulteração da verdadeira doutrina.”
“Três questões foram perguntadas aos Bispos, e as respostas recebidas até 12 de março de 1969 foram como se segue:
1. Você acha que se deve dar atenção ao desejo de que, além da maneira tradicional, deve ser admitido o ritual de recebimento da Santa Comunhão nas mãos?
Sim: 597
Não: 1.233
Sim, mas com reservas: 315
Votos inválidos: 20
2. É de seu desejo que esse novo ritual seja primeiramente experimentado em pequenas comunidades, com o consentimento dos bispos?
Sim: 751
Não: 1.215
Votos inválidos: 70
3. Você acha que os fiéis receberão bem esse novo ritual, após uma adequada preparação catequética?
Sim: 835
Não: 1.185
Votos inválidos: 128
A partir dessas respostas, fica claro que a vasta maioria dos Bispos crê que a disciplina atual não deve ser modificada, e caso viesse, que a mudança seria ofensiva aos sentimentos e à cultura espiritual desses Bispos e de muitos dos fiéis.
Portanto, levando em consideração as observações e o conselho daqueles que "o Espírito Santo designou para governar" as Igrejas, [11] tendo em vista a gravidade da matéria e a força dos argumentos postos em evidência, o Santo Padre decidiu não modificar a maneira existente de administrar a Santa Comunhão aos fiéis.
A Sé Apostólica, portanto, enfaticamente urge aos Bispos, sacerdotes e aos leigos que obedeçam cuidadosamente a lei que ainda é válida e que foi novamente confirmada. Ela insta-os a considerar o julgamento dado pela maioria dos Bispos Católicos, acerca do ritual atualmente em uso na liturgia, e do bem comum da Igreja.
Na Notificação da Sagrada Congregação para o Culto Divino, de Abril de 1985, diz que
"os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão."
SEGUNDA MOTIVAÇÃO- (EXEMPLO DO PAPA BENTO XVI)
O Papa Bento XVI a partir de 2008 restaurou o uso do genuflexório para a Comunhão e em suas Missas em Roma, com os fiéis passando a receber dele o Corpo de Deus de joelhos e na boca.
As palavras convencem, mas o testemunho arrasta!
O testemunho do papa Bento XVI arrastou multidões ao retorno desta prática que nunca foi abandonada pelo magistério da Igreja.
TERCEIRA MOTIVAÇÃO- (É A FORMA ORDINÁRIA)
Percebamos que a comunhão na mão é a exceção:
“Se a Comunhão for distribuída unicamente sob a espécie do pão, o sacerdote levanta um pouco a hóstia e, mostrando-a a cada um dos comungantes, diz: O Corpo de Cristo ou Corpus Christi. O comungante responde: Amen, e recebe o Sacramento na boca, ou, onde for permitido, na mão, conforme preferir. O comungante recebe a hóstia e comunga-a imediatamente e na íntegra.” (Introdução Geral do Missal Romano, 161)
QUARTA MOTIVAÇÃO- (A COMUNHÃO NA MÃO FOI PERMITIDA, POIS JÁ ESTAVAM COMUNGANDO POR DESOBEDIÊNCIA)
Padre Paulo Ricardo explica:
“No Missal de Paulo VI , quando ele foi aprovado em 1969 e 1970 – são as primeiras aprovações do Missal que nós celebramos – não existe nenhuma referência à comunhão na mão. A coisa surgiu depois. E investigando, eu descobri que nos países do Norte da Europa – Holanda, Alemanha... – o pessoal começou a comungar na mão por iniciativa própria, por desobediência. O Papa ficou sabendo, e o Vaticano disse: parem com isso! Mas o pessoal continuou. Então chegou uma hora em que, para não ter uma rebelião em massa, o Vaticano deu uma autorização as Conferências Episcopais – como a CNBB, aqui no Brasil, por exemplo – para que elas, se acharem oportuno, peçam permissão a Santa Sé e a Santa Sé então dá permissão para a Conferência receber a comunhão na mão; mas o normal continua sendo a comunhão na boca. E isso eu descobri lendo um livro de um Arcebispo que foi responsável por toda a Reforma Litúrgica: Dom Annibale Bugnini (La Riforma Liturgica 1948 – 1975, Roma: CVL). Foi ele o chefe da comissão responsável por elaborar o Missal que nós temos hoje. E isso ele disse claramente, é ele que narra; eu não ouvi isso de uma fofoca.”
Ou ainda:
"Agora eu penso que é o momento ideal para se rever e reavaliar tão boas práticas e, se necessário, abandonar a prática corrente que não foi exigida nem pela Sacrosanctum Concilium nem pelos Padres da Igreja, mas foi apenas aceita depois de sua introdução ilegítima em algum países. Agora, mais do que nunca, nós temos a obrigação de ajudar os fiéis em desenvolver novamente uma fé profunda na Presença Real de Cristo nas espécies Eucarísticas a fim de que se fortaleça a vida da Igreja e a defenda em meio ás perigosas distorções da fé que esta situação continua causando." (Mons. Albert Ranjith, na época, nada menos que Secretário da Congregação para o culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no prefácio do livro "Dominus Est", de autoria do Bispo Athanasius Schneider)
QUINTA MOTIVAÇÃO- (ESTAMOS EM UMA ÉPOCA EM QUE A PRESENÇA REAL DE JESUS NA EUCARISTIA ESTA SENDO ESQUECIDA)
Precisamos resgatar a consciência da nossa pequenez diante da Majestade de Cristo.
SEXTA MOTIVAÇÃO- (JESUS EUCARÍSTICO PRECISA SER ADORADO)
“... já Santo Agostinho dissera: « Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; (...) peccemus non adorando – ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (...) pecaríamos se não a adorássemos ».(191) De facto, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: (192) receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, « somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro.” (Bento XVI- Sacramentum Caritatis 66).
DEPOIS DESTAS INFORMAÇÕES O QUE FAÇO?
RETOMANDO:
CUIDADO! NÃO SEJA JUIZ DO TEU IRMÃO!
“Há, para o Brasil, a concessão para se comungar de pé e na mão. NÃO é o caso de se ver como desobediente alguém por comungar de pé e na mão, onde há autorização para isso.” (Pe. Paulo Ricardo)
Contudo precisamos estar atentos algumas normas como citarei a seguir:
Em 10 de Outubro de 1975, a Conferência Episcopal Portuguesa obteve licença para os fiéis de Portugal poderem comungar na mão. O texto respectivo é acompanhado das seguintes normas:
a) A introdução do rito da comunhão na mão deve ser precedida de uma catequese oportuna, capaz de renovar o espírito de fé na Eucaristia, que se há-de manifestar até na maneira de os fiéis aceitarem em suas próprias mãos o Corpo do Senhor.
b) Esta maneira de comungar não deve ser imposta aos fiéis, poi a eles se deve deixar a escolha sobre a forma de receber a Eucaristia. Deste modo, não será de estranhar que, numa mesma celebração, haja quem receba a sagrada partícula na língua e quem a receba na mão. O ministro que distribui a comunhão nunca deve impor os seus gostos e preferências, nem substituir-se à vontade livre dos comungantes.
c) Quanto à comunhão na mão, pastores e fiéis devem preocupar-se em realizar o gesto de maneira digna e significativa. Para tanto, e segundo a antiga tradição, o ministro colocará o Pão consagrado na mão do fiel, o qual comungará antes de regressar ao seu lugar, por não parecer conveniente que o faça enquanto caminha, devendo ter ainda todo o cuidado com os fragmentos que eventualmente se desprendam (Nota pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa: Lumen, 1975, p. 460: EDREL 2823).
COMUNGAR NA BOCA OU NA MÃO?
RETOMANDO:
ANALISE COM PRUDÊNCIA. PERGUNTE DIANTE DE CADA COMUNHÃO: "O QUE MARIA FARIA?"
Comungue com Maria e em Maria.
Recordo aqui este trecho já citado do padre Paulo Ricardo:
“Essa atitude é o fiel quem vai analisar, ter a prudência de ver qual é a situação da sua paróquia, do seu padre e do seu bispo, pois pode ser que eles ainda não saibam disso. Eu mesmo levei tempo para descobrir que comunhão na boca é o normal. Levei tempo para achar normal um fiel comungar de joelhos. Então, meus irmãos, com muito amor a Cristo e à Sua Igreja, vamos olhar para o exemplo do Papa e fazer um exame de consciência para saber como está o nosso respeito por Cristo presente na Eucaristia.” (Pe. Paulo Ricardo)
Vamos ser sinais proféticos nos tempos de hoje?
Fabio Limeira
(Fundador da Comunidade Graça, Misericórdia e Paz)